Neste domingo darei o encontro sobre a Santa Missa , montei um pequeno resumo quem quiser aproveitar.
A SANTA MISSA
Em quantas partes a Missa está dividida?
A celebração da Morte e Ressurreição do Senhor está
dividida em duas partes: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, mas também temos outros ritos que servem de abertura e encerramento para a própria celebração.
PARTES DA MISSA E SUA EXPLICAÇÃO
RITOS INICIAIS:
“Os ritos iniciais ou
as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada,
saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio,
introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis,
reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente
a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.1
Quando a gente vai a Missa carrega
todo o seu ser para dentro da celebração. Nós entramos na igreja convocados por
Deus e por isso formamos uma assembléia.
Acolhidos em nome da Trindade
pelo presidente, entramos na celebração para:
- Suplicar;
- Adorar;
- Louvar;
- Agradecer.
Assim sendo, formamos como que
um corpo comunitário com uma só voz, uma só alma, e um só coração. Tudo o que
vai acontecer a partir deste momento deve ajudar a participação de todos. Ela
consegue dar toque de ressurreição às mágoas da nossa vida.
Por isso é que cantamos e
dançamos; por isso é que devemos vestimos a melhor roupa; por isso é que
devemos dar um ar festivo também ao local: por isso é que é a Páscoa semanal!
• Canto de entrada: a
assembléia se coloca de pé. Deve
ser um canto alegre, para demonstrar alegria de estar na casa de Deus. Não é necessário anuncia-lo, basta iniciar.
Não é para acolher o Padre, mas é expressão da fé da
comunidade reunida. Deve estar sempre relacionado com o tempo litúrgico. A sua
finalidade é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no
mistério do tempo litúrgico ou da festa. 2Durante este canto o padre,
acompanhado dos coroinhas e ministros, dirige-se para o altar. A procissão 3 deve
passar pelo meio do povo, especialmente nos dias festivos.Faz-se uma inclinação
(vênia) profunda e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é para o
mármore ou para a madeira do altar, mas para o Cristo, Pedra Angular. Logo em
seguida o Presidente faz o sinal da cruz e todo o povo responde o Amém! Essa expressão
“Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, tem um sentido bíblico. Não
quer dizer apenas “nome”, quer dizer a própria pessoa. Isso significa que
estamos colocando a nossa vida, e toda nossa ação nas mãos da Santíssima
Trindade.
• Saudação: quando o Presidente da Celebração nos acolhe na
casa de Deus, dizendo-nos: “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo...”. Devemos
responder: “Bendito seja Deus ...”. Toda a comunidade deve responder esta
saudação, caso contrário é considerado como falta de educação.
• Ato penitencial: é um convite para cada um olhar para dentro de si,
reconhecer e confessar os “seus”pecados, e não os dos outros. Lembre que são
por pensamentos, atos, palavras ou omissões. A absolvição que o padre dá nesse
momento não é um sacramento, e sim uma purificação das faltas leves. Estamos
pedindo a Deus que a sua misericórdia seja maior que nossos pecados. Os pecados
graves necessitam de uma confissão sacramental e pessoal.
• Hino de louvor: à Santíssima Trindade, louvamos o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, expressando a nossa alegria de filhos de Deus. Vem logo depois
do Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos. É
cantado ou recitado aos domingos, nas solenidades e festas e em celebrações
especiais, menos no tempo do Advento e da Quaresma.
• Coleta: Começa com o “Oremos” e é seguido de uma pausa,
para que durante esse tempo de silêncio cada pessoa faça mentalmente a sua
oração pessoal. É o momento de pedir. Cristo nos ensinou: “Pedi e recebereis”.
Deus tudo pode dar. Confiantes apresentamos os nossos pedidos. É o momento da
oração. Nesta primeira parte do encontro da família de Deus. Apenas os filhos
falaram depois, o Pai responderá. Em seguida, o padre eleva as mãos e segue com
a oração, em nome de toda a Igreja. Levantar às mãos: assumindo e elevando a
Deus todas as intenções dos fiéis. No final todos respondem “Amém!”.
LITURGIA DA PALAVRA
Não existe celebração na
liturgia cristã em que não se proclame a Palavra de Deus. Isto porque a Igreja
antes de tornar presente os mistérios de Cristo ela os contempla. Pela palavra,
Deus convoca e recria o seu povo, através de uma resposta de conversão da parte
de quem a ouve. Sentados para podermos
escutar melhor o que Deus tem a nos dizer. Toda a comunidade, principalmente os que estão no presbitério,
deve esperar o Presidente dirigir-se à sua cadeira, só depois que ele estiver
sentado é que devemos sentar. É uma
norma de “educação Litúrgica”.
• 1ª Leitura: É sempre tirada do AT. exceto no período pascal
que vai até Pentecostes. Neste período é retirada do Ato dos Apóstolos no NT.
Deus fala a primeira vez, apresentando um fato ou acontecimento ou uma profecia
que sirva de base, como exemplo ou motivação.
• Salmo: É a nossa resposta a Deus. Pode ser utilizado outro
canto de meditação, desde que sua mensagem esteja dentro do tema da leitura.
Também tem a finalidade de ajudar a comunidade a meditar a palavra que acabou
de ser proclamada.
• 2ª Leitura: – É a mais doutrinária e é sempre retirada do NT.
O Pai leva o assunto à vida prática de cada dia, aplicando os seus ensinamentos
ao nosso modo de viver. Podendo ser omitida na missa das crianças.
• Aclamação: Ficamos
de pé para aclamar Jesus que vai nos
falar. O canto deve ser pequeno e conter a Aleluia.
• Evangelho: Jesus fala em parábolas, proclama a Boa Nova. É o
ponto alto da liturgia da Palavra. Cristo torna-se presente através de sua
Palavra e da pessoa do sacerdote. Tal momento é revestido de cerimônia, devido
sua importância. Todos ficam de pé e aclamam o Cristo que fala. O diácono ou o
padre dirigem-se à mesa da palavra para proclamá-la. O que proclama a Palavra
do evangelho menciona a presença do Cristo vivo entre nós. Faz o sinal da cruz
na testa, na boca e no coração para que todo o ser fique impregnado da mensagem
do Evangelho: a mente a acolha, a boca a proclame e o coração a sinta e a viva. Ouvimos
o Evangelho de pé, em sinal de “muita aceitação”
e, ao mesmo tempo, de respeito Àquele que nos deu a salvação.
• Homilia: Uma explicação dos textos bíblicos. O padre
“atualiza” o que foi dito há dois mil anos atrás. Na homilia, o sacerdote anima
o povo, exorta-o e se for preciso o denuncia, mostrando a distância entre o
ideal proposto e a vida concreta do povo.
• Profissão de fé: Confirmamos nossa fé em Deus, em Cristo e sua
Igreja e na Virgem Maria. É a declaração pública consciente e firme da própria
fé. O credo é um resumo das verdades fundamentais que nos foram anunciadas pelo
Pai, através de Cristo, e na inspiração do Espírito Santo. Estaremos de pé. É como um juramento público.
• Oração dos fiéis: Também chamada “Oração Universal”, ou como dizem alguns “Preces da Comunidade”. É a palavra de Deus feita oração. Sua introdução e conclusão são
feitas pelo Presidente da Celebração.
Com a oração dos fiéis termina a liturgia
da palavra e começa a liturgia eucarística.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na liturgia eucarística
atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar presente
o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que
Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta
e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para
nossas vidas.
• Procissão das
ofertas: A assembléia ficará sentada neste momento, os
coroinhas estarão servindo ao altar. As pessoas escolhidas representam toda a comunidade. A hóstia e o vinho
serão transformados depois em Corpo e Sangue de Cristo, representam
que estão saindo das mãos do homem trabalhador. Flor, Pão, Uva e dinheiro são
frutos do trabalho e da generosidade dos fiéis. Nesse momento o coroinha deve
colocar o Cálice sobre o altar. O Sacerdote e os coroinhas se dirigem para
frente do altar, trazendo todas as oferendas. Logo após os coroinhas levam ao
padre a água e o vinho, que são colocados no cálice. Uma gota de água e
bastante vinho, essa mistura simboliza a união da natureza humana com a
natureza divina. Assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com
o vinho, também nós nos unimos com Cristo. Em seguida o Celebrante purifica
suas mãos, este ato tem também o sentido de purificar a alma. Antigamente a
comunidade levava para o altar alimentos e outros objetos que poderiam sujar as
mãos do Presidente. Por isso, ele lavava as mãos. Atenção! O nome deste momento se chama lavabo, já os
paramentos utilizados são: jarra, bacia e o manustérgio.
• Prefácio: Significa “introdução, iniciação”. É solene hino
de agradecimento e louvor ao Pai. E variam de acordo com as festas, ou com
tempo do ano litúrgico. Termina invariavelmente, com exaltação do “Santo”. A assembléia se coloca de pé.
• Oração
Eucarística: Oração de agradecimento.
Analisaremos em três partes:
- Jesus institui a eucaristia dentro de uma
refeição.
- Na ceia, Ele não só oferece alimento a quem o
amava, mas deu-se como comida e bebida sagrada.
- Na instituição da Eucaristia Jesus toma o pão, da
graça e diz: “Isto é o meu corpo...”. Jesus abençoa o vinho, declarando-o seu
sangue, o sangue da nova e eterna aliança.
• Antes da
Consagração: após o Prefácio, o sacerdote,
assume a posição de representante oficial da Igreja e da comunidade reunida,
para dirigir-se de modo especial, solene e confiante, ao Pai, através da Oração
Eucarística. O sacerdote afirma, em primeiro lugar, a santidade e a bondade do
Pai, que pelo Cristo reúne seu povo, para que ofereça o sacrifício perfeito a
missa. Em seguida pede, ao Pai que santifique pelo Espírito Santo, o pão e o
vinho, para que sejam mudados em corpo e sangue de Jesus Cristo. Nos colocamos ajoelhados.
• Durante a
Consagração: Transubstanciação = Presença real de Jesus na
Eucaristia, pela mudança da substância do
pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue. Neste momento, o próprio Cristo
age e fala pelo sacerdote, o qual se torna apenas instrumento de Cristo. É a
consagração. “Na noite em que ia ser entregue...”. Após estas palavras, o sacerdote
ergue e mostra a Hóstia Consagrada à comunidade presente para que O adore. Colocando-O
sobre o altar, ele mesmo ajoelha-se para fazer uns instantes de adoração ao
Cristo presente na Hóstia. E prossegue: “Do mesmo modo,...”, o sacerdote ergue
o cálice do sangue de Cristo para adorarem, colocando-O depois sobre o altar, o
sacerdote ajoelha-se para adorá-Lo. Cristo está presente no Altar. Na hora da
consagração, ponha-se de joelhos, como sinal consciente e convicto de adoração
ao Cristo, que está no altar. Quando o sacerdote erguer o Corpo, e depois, o
Sangue de Cristo, eleve seus olhares para saudar, de coração, o Cristo
presente, adore-O, dizendo-Lhe, no seu íntimo, aquilo que
você encontra de melhor, para afirma-lhe sua Fé e aceitação. Crie o hábito de
fazer alguma declaração silenciosa ao Cristo: “Meu Senhor e Meu Deus”, “Cristo creio em
Ti, mas aumentai e minha Fé”. Realizada a transubstanciação, o sacerdote
apresenta o Cristo à comunidade dizendo: “Eis o mistério da Fé”. E a
comunidade, na sua manifestação externa ao Cristo tornado presente, lhe diz:
“Anunciamos, Senhor...” ou “ Toda às vezes ...”. Nesse momento nos colocamos de pé.
Dois fatos nos garantem que Jesus está presente no
Pão e no Vinho consagrados:
a) A própria Palavra de Jesus.
b) A nossa Fé. Sem ela, ninguém entende a
Eucaristia.
• Após a
Consagração: É o momento de oferta do
sacrifício de Cristo ao Pai. O sacerdote prossegue a oração Eucarística oferecendo-a ao Pai. Depois
confiante no valor da oferta, faz os pedidos necessários à Igreja, para nossa
salvação pessoal e atual, que o Espírito Santo nos de forca na caminhada, que
unidos no amor formemos um todo, um só corpo, uma só vontade.
• Por Cristo, com
Cristo e em Cristo: Esse
louvor é dito de pé, o Celebrante levanta a hóstia e o cálice. O próprio padre
proclama, ou convida a comunidade para proclama junto, a assembléia diz ou
canta o “Amém!”.
RITO DA COMUNHÃO
• Pai-Nosso: É recitado com as mãos erguidas ou de mãos dadas.
Pode ser recitado ou cantado, mas sem alterar sua fórmula. Lembre-se: para que
você se torne digno de comungar, deverá perdoar as ofensas.
• Oração e Abraço
da Paz: Neste momento fazemos um
exercício de fraternidade, perdoando-nos uns aos outros, para poder receber o
único Pão da Vida.
• Fração do Pão: Lembrar que o padre coloca dentro do cálice um
pedacinho da hóstia, ao mesmo tempo a Jesus partiu o Pão e deu aos seus
discípulos na Ceia. Este gesto significa que nós, sendo muitos, ela comunhão do
único pão da vida, que é Cristo, formando um único corpo. Ao partir o pão, o
sacerdote coloca um pedacinho no cálice. A explicação mais simples para esse
gesto é as duas espécies – pão e vinho (corpo e
sangue de Cristo) – Forma uma unidade e fazem parte
da mesma realidade: a pessoa de Jesus Cristo. Durante a fração do pão, a
assembléia canta ou recita Cordeiro de Deus.
• Cordeiro de Deus: O sacerdote prepara-se para comungar – e em voz
baixa, dirige ao Cristo uma oração de preparação para comunhão. Logo
após o Sacerdote ajoelha e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua
salvação. Ele levanta a hóstia e diz: “Felizes os convidados...” a comunidade
responde olhando para a hóstia: “Senhor eu não sou digno de que entreis em
minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo(a).”
• Comunhão do
Sacerdote: Toda vez que celebra, ele deve comungar, para que o ritual
memorial seja completo. Se ele oferece o
sacrifício pela salvação de todos, ele mesmo deve ser o primeiro a receber em
si, o preço de sua salvação.
• Comunhão da
Comunidade: O Padre nos convida e
comungar, e nós nos colocamos a caminho, cantando. Cristo torna-se forca e vida
espiritual crescente, luz para iluminar nossa existência, e forca para mover
nossa vontade na busca do bem. Após receber a comunhão, nós agradecemos,
rezando, cantando ou em silêncio.
• Ação de graças: Momento de oração e silêncio, caso tenha música
ela deve ser bem serena.
• Oração após a
comunhão: o sacerdote implora os frutos
da celebração eucarística e o povo confirma, respondendo amém.
RITOS FINAIS
• Avisos: Geralmente são breves, de acordo com as atividades da
comunidade.
• Benção Final: simples ou solene. O Missal Romano traz muitas bênçãos solenes
para os vários tempos litúrgicos e festas dos santos.
• Despedida: é conveniente que as pessoas saiam da celebração cheias de
esperança, animadas e decididas a dar testemunho do amor de Deus no meio da
sociedade. O sacerdote beija o altar e em seguida ele junto com os coroinhas e
ministros fazem uma inclinação profunda em frente ao altar. É conveniente que a
assembléia se retire somente depois que o Sacerdote tenha se retirado
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